sexta-feira, 31 de maio de 2013

Candidíase Vaginal

A candidíase é uma infecção causada por fungos e que pode acometer qualquer parte do corpo humano. O fungo mais frequente é a Candida albicans, mas existem outros fungos que também pode ocasionar a candidíase.
Estima-se que cerca de 75% das mulheres apresentarão pelo menos um episódio de candidíase vulvovaginal durante suas vidas, e aproximadamente 5% das mulheres sofrerão de candidíase de repetição.

Existem vários fatores que podem favorecer o aparecimento da candidíase, sendo principais:


  1. Algumas medicações como antibióticos, corticóides e anticoncepcionais de alta dosagem ( níveis elevados de estrogênio ) podendo alterar a flora vaginal e os mecanismos de defesa favorecendo o crescimento da Candida sp.
  2. Diabetes Mellitus descompensada pelo motivo de aumento da concentração de glicogênio no conteúdo vaginal, favorecendo assim, a candidíase.
  3. Higiene íntima inadequada: a limpeza inadequada dos genitais femininos, pode contaminar a vagina com bactérias provenientes da flora intestinal.
  4. Vestuário: Calças justas, tecido sintético, como Lycra, elanca e nylon, prejudicam a ventilação, favorecendo um aumento da umidade e temperatura local favorecendo a proliferação de fungos.
  5. A gestação altera o meio ambiente vaginal através de alteração hormonal, podendo favorecer o aparecimento da candidíase.
  6. Em relação à atividade sexual, há controversas, mas quando presente, o tratamento do parceiro é recomendado.
  7. Comprometimentp do sistema imunológico, como AIDS e Câncer
Os principais sintomas da candidíase vaginal são:


  • Prurido ( Coceira )
  • Eritema e edema vulvar
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Dispareunia ( dor na relação sexual )
  • Corrimento vaginal espesso, branco, sendo comparado à "leite talhado"
O diagnóstico é feito através da anamnese e exame físico ( especular ) e pode também ocasionalmente aparecer na colpocitologia oncótica ( Papanicolau ).


www.ginorte.com.br


www.clinicamedicalapin.com.br 

O tratamento realizado é através de antifúngico via oral dose única e creme vaginal antifúngico de 7 a 10 dias


Prevenção da Candidíase:


  • Roupas íntimas de algodão
  • Evitar toalhas e roupas íntimas que secam no banheiro ou compartilhar com outras pessoas. Seca e passar com ferro as toalhas
  • Evitar uso de absorventes íntimos diários ( protetores )
  • Após evacuação realizar higiene local trazendo o papel higiênico no sentido da vulva para o ânus ( de frente para trás ), ou lavar o local com água e sabonete
  • Ao dormir, dar preferência à roupas confortáveis, largas e de algodão, e se possível, dormir sem calcinha
  • Quando praia ou piscina, evitar períodos prolongados com roupas ( Maiô ) molhadas
  • Evitar duchas vaginais que causam desequilíbrio na flora vaginal


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Miomatose Uterina

Miomatose uterina ou mioma uterino é o tumor ginecológico mais comum. É benigno, dependente de estrogênio, e derivado da camada muscular lisa do útero.

Atinge cerca de 50% das mulheres em idade entre 30 e 50 anos e é mais frequente em mulheres negras.

A grande maioria das mulheres não apresentam qualquer tipo de sintomatologia, mas quando estes estão presentes, vão depender da localização em que o mioma se encontra no útero.

Principais sintomas e localização:

  • Mioma subseroso: dor abdominal e aumento do volume pélvico
  • Mioma intramural ( mais comum ): aumento da intensidade do fluxo menstrual e dos dias de menstruação ( hipermenorragia )
  • Mioma submucoso: aumento do fluxo menstrual e dor pélvica, pois aumenta a contratilidade do útero
  • Mioma parido: é quando o mioma subseroso é exteriorizado pela vagina,por essa atividade uterina contrátil


O diagnóstico é realizado através da ultrassonografia transvaginal ou pélvica, e  o diagnóstico definitivo é histológico.

O tratamento vai depender de cada caso, podendo ser expectante, clínico ou cirúrgico.
No tratamento expectante a paciente deverá realizar ultrassom a cada 6 meses e está indicado principalmente em pacientes assintomáticas ou na perimenopausa.
Tratamento clínico é indicado em pacientes sintomáticas e a principal medicação utilizada é a progesterona.
Tratamento cirúrgico está indicado quando houve falha do tratamento clínico ou quando o volume uterino ultrapassa 250 centímetros cúbicos. Pode ser realizado a miomectomia ( retirada somente dos miomas ), quando a paciente tem desejo de gestar, ou a histerectomia total ( retirada do útero e colo uterino ) ou subtotal ( retirada somente do útero, mantendo o colo uterino ).









sábado, 4 de maio de 2013

Câncer de Mama

Estudos epidemiológicos indicam que mulheres que nunca tiveram filhos apresentam cerca de quatro vezes mais risco de desenvolverem câncer de mama na menopausa quando comparadas com mulheres que já se tornaram mãe.

Artigo publicado pelo International Journal of Cancer relata que uma pesquisa foi feita com amostras de tecido mamário de mulheres saudáveis com idade entre 50 e 69 anos que estavam na menopausa ( pelo menos um ano sem menstruar ). Foram divididas em dois grupos: 42 mulheres que nunca tiveram filhos ( nulíparas ) e 71 mulheres que já tiveram um ou mais filhos e que ficaram grávidas pela primeira vez, em média, aos 23 anos.

Comparando os dois grupos, foi verificado diferença no padrão de expressão de 298 genes.

Nas mulheres que já tiveram filhos, houve uma modificação epigenética e que permaneceu até a menopausa. Essa alteração foi verificada com relação aos núcleos das células ( cromatina frouxa e cromatina condensada ). Nas mulheres que já tiveram filhos, as cromatinas apresentavam - se mais condensadas.

Um dos pesquisadores relata que a mama após a gravidez adquire uma assinatura genômica e um perfil fenotípico diferente. Acredita-se que essas mudanças fazem com que a mulher fique mais protegida contra o câncer.