quinta-feira, 4 de julho de 2013

Desejo Sexual Hipoativo


O desejo, ou síndrome, ou transtorno sexual hipoativo ( antigo e erroneamente chamado de frigidez ) é a diminuição ou ausência de fantasias sexuais que levam à pessoa a não querer praticar relações sexuais, causando acentuado sofrimento pessoal, diminuindo a qualidade de vida.

Alguns fatores podem desencadear o desejo sexual hipoativo, tais como:
  • Uso de algumas medicações, como, antidepressivos, anti - hipertensivos, drogas ilícitas entre outras
  • Diminuição do hormônio testosterona
  • Dor durante a relação
  • Estresse
  • Medo
  • Situações traumáticas, como história de abuso sexual
  • Baixa auto - estima
  • Lesões na genitália
  • Educação rígida
  • Mitos sobre a sexualidade
  • Confflitos relacionamento
  • Sentimento de culpa
  • Doenças preexistentes, como, Diabetes Mellitus, Hipertensão arterial sistêmica, entre outras
O diagnóstico é realizado através de anamnese sexual e exames complementares.
O tratamento será individualizado, avaliando cada caso. Dispomos de medicações específicas e terapia sexual individual ou em grupo.


Referências bibliogáficas: Psicnet, DSM IV, 4ª. Edição, Ed. Artes Médicas, 2003. 
Kaplan, H. S. “a Nova terapia do sexo” 2ª. Edição, Ed. Nova Fronteira, 1977.
 

 

sábado, 15 de junho de 2013

Atividade Física na Gestação


A gravidez, segundo ministério da saúde, não é um estado patológico, mas uma fase que apresenta diversas modificações anatômicas, hormonais,fisiológicas,musculoesqueléticas, circulatórias, respiratórias e emocionais para proteger o organismo materno e garantir o crescimento e desenvolvimento do feto.

Dentre as alterações ocasionadas durante a gestação, as alterações no sistema musculoesqueléticos promovem hiperlordose lombar e distenção da musculatura abdominal alterando a postura da gestante, necessitando assim, de atividades musculares compensatórias.
www.fisioparaelas.com

Exercício físico durante a gestação é saudável e muito importante para combater o excesso de peso, melhorar a postura, contribuindo ainda para melhor oxigenação do feto, melhor facilidade no momento do parto e recuperação mais rápida no pós-parto.

conteudoseducacaofisicaescolar.blogspot.com 
No início do século XX, a prática de exercício, começou a ser prescrita e na década de 90 o colégio American College of Obstetricians and Gynecologists estabeleceu algumas recomendações. A grávida que esteja em condições adequadas de saúde,  poderão praticar 30 minutos de exercícios de 3 a 4 vezes por semana com intensidades moderadas, evitando ambientes pouco arejados e quentes, evitando assim eventuais problemas na formação do feto (VIEBING et al, 2008).


Autores relatam que praticar exercícios físicos durante a gestação apresenta benefícios durante e após a gestação. Deve -se lembrar que a atividade física deve ser autorizada pelo médico obstetra e acompanhada por profissional de educação física.


Essa atividade física praticada na gravidez deve ser mantida em níveis moderados com a máxima segurança, com isso, o médico precisa avaliar a capacidade e a necessidade de cada paciente, para auxiliar na escolha do programa de exercício e adaptado para cada trimestre da gestação.

Primeiro trimestre de gestação é considerado um período de adaptação e reconhecimento corporal.


O segundo trimestre da gestação  é um período em que o risco de aborto apresenta -se diminuído, recomenda-se atividades físicas de baixo risco, como,
Partindo deste pré-suposto, Fischer (2003), sugere que neste período as atividades de baixo risco sejam recomendadas, como, caminhada, ciclismo, yoga, tai-chi-chuan, natação, hidroginástica, considerando também, condições de  temperatura, calçado, aquecimento e hidratação. Levar em conta sempre o ritmo de cada paciente.



No terceiro trimestre orienta-se exercícios de flexibilidade, aeróbicos e de fortalecimento da musculatura abdominal, do assoalho pélvico e região lombar. 



Todas as gestantes que apresentam boas condições devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbicas, de resistência muscular e alongamento. A escolha deve ser baseada em atividades que apresentem pouco risco de perda de equilíbrio e de traumas. Tomar cuidado com climas muito quentes e pouca hidratação, para não prejudicar a termorregulação da mãe, podendo também, ocasionar algum tipo de risco para o feto. 


Com base em pesquisas na área de exercício físico e gravidez, o Sports Medicine Austrália (2002) elaborou as seguintes recomendações:
• em grávidas já ativas, manter os exercícios aeróbios em intensidade moderada durante a gravidez;
• evitar treinos em freqüência cardíaca acima de 140 bpm’s;
• exercitar-se 3 a 4 vezes por semana por 20 a 30 minutos. Em atletas é possível exercitar-se em intensidade mais alta com segurança;
• os exercícios resistidos também devem ser moderados. Evitar as contrações isométricas máximas;
• evitar exercícios na posição em decúbito dorsal, ou seja, deitada de costa;
• evitar exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas;
• desde que se consuma uma quantidade adequada de calorias, exercício e

amamentação são compatíveis;
• interromper imediatamente a prática esportiva se surgirem sintomas como dor abdominal, cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e distúrbios visuais.


Porém, a grávida que já se exercitava antes da gravidez deve manter a prática da mesma atividade física, desde que os cuidados acima sejam respeitados.


Referências:

GESTANTES: CONHECENDO OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA, EM PORTO VELHO, RONDÔNIA.
FERREIRA, Imanuel Prado. Graduado em Educação Física Bacharelado pelo ILES/ULBRA PVH/RO1 EVANGELISTA, Leila Aparecida. Professora do Curso de Educação Física do ILES/ULBRA PVH/RO2 SILVA, Adriane Corrêa da. Coordenadora do Curso de Educação Física do ILES/ULBRA-PVH/RO3 ELICKER, Eliane. Professora do Curso de Educação Física do ILES/ULBRA PVH/RO4 













sexta-feira, 31 de maio de 2013

Candidíase Vaginal

A candidíase é uma infecção causada por fungos e que pode acometer qualquer parte do corpo humano. O fungo mais frequente é a Candida albicans, mas existem outros fungos que também pode ocasionar a candidíase.
Estima-se que cerca de 75% das mulheres apresentarão pelo menos um episódio de candidíase vulvovaginal durante suas vidas, e aproximadamente 5% das mulheres sofrerão de candidíase de repetição.

Existem vários fatores que podem favorecer o aparecimento da candidíase, sendo principais:


  1. Algumas medicações como antibióticos, corticóides e anticoncepcionais de alta dosagem ( níveis elevados de estrogênio ) podendo alterar a flora vaginal e os mecanismos de defesa favorecendo o crescimento da Candida sp.
  2. Diabetes Mellitus descompensada pelo motivo de aumento da concentração de glicogênio no conteúdo vaginal, favorecendo assim, a candidíase.
  3. Higiene íntima inadequada: a limpeza inadequada dos genitais femininos, pode contaminar a vagina com bactérias provenientes da flora intestinal.
  4. Vestuário: Calças justas, tecido sintético, como Lycra, elanca e nylon, prejudicam a ventilação, favorecendo um aumento da umidade e temperatura local favorecendo a proliferação de fungos.
  5. A gestação altera o meio ambiente vaginal através de alteração hormonal, podendo favorecer o aparecimento da candidíase.
  6. Em relação à atividade sexual, há controversas, mas quando presente, o tratamento do parceiro é recomendado.
  7. Comprometimentp do sistema imunológico, como AIDS e Câncer
Os principais sintomas da candidíase vaginal são:


  • Prurido ( Coceira )
  • Eritema e edema vulvar
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Dispareunia ( dor na relação sexual )
  • Corrimento vaginal espesso, branco, sendo comparado à "leite talhado"
O diagnóstico é feito através da anamnese e exame físico ( especular ) e pode também ocasionalmente aparecer na colpocitologia oncótica ( Papanicolau ).


www.ginorte.com.br


www.clinicamedicalapin.com.br 

O tratamento realizado é através de antifúngico via oral dose única e creme vaginal antifúngico de 7 a 10 dias


Prevenção da Candidíase:


  • Roupas íntimas de algodão
  • Evitar toalhas e roupas íntimas que secam no banheiro ou compartilhar com outras pessoas. Seca e passar com ferro as toalhas
  • Evitar uso de absorventes íntimos diários ( protetores )
  • Após evacuação realizar higiene local trazendo o papel higiênico no sentido da vulva para o ânus ( de frente para trás ), ou lavar o local com água e sabonete
  • Ao dormir, dar preferência à roupas confortáveis, largas e de algodão, e se possível, dormir sem calcinha
  • Quando praia ou piscina, evitar períodos prolongados com roupas ( Maiô ) molhadas
  • Evitar duchas vaginais que causam desequilíbrio na flora vaginal


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Miomatose Uterina

Miomatose uterina ou mioma uterino é o tumor ginecológico mais comum. É benigno, dependente de estrogênio, e derivado da camada muscular lisa do útero.

Atinge cerca de 50% das mulheres em idade entre 30 e 50 anos e é mais frequente em mulheres negras.

A grande maioria das mulheres não apresentam qualquer tipo de sintomatologia, mas quando estes estão presentes, vão depender da localização em que o mioma se encontra no útero.

Principais sintomas e localização:

  • Mioma subseroso: dor abdominal e aumento do volume pélvico
  • Mioma intramural ( mais comum ): aumento da intensidade do fluxo menstrual e dos dias de menstruação ( hipermenorragia )
  • Mioma submucoso: aumento do fluxo menstrual e dor pélvica, pois aumenta a contratilidade do útero
  • Mioma parido: é quando o mioma subseroso é exteriorizado pela vagina,por essa atividade uterina contrátil


O diagnóstico é realizado através da ultrassonografia transvaginal ou pélvica, e  o diagnóstico definitivo é histológico.

O tratamento vai depender de cada caso, podendo ser expectante, clínico ou cirúrgico.
No tratamento expectante a paciente deverá realizar ultrassom a cada 6 meses e está indicado principalmente em pacientes assintomáticas ou na perimenopausa.
Tratamento clínico é indicado em pacientes sintomáticas e a principal medicação utilizada é a progesterona.
Tratamento cirúrgico está indicado quando houve falha do tratamento clínico ou quando o volume uterino ultrapassa 250 centímetros cúbicos. Pode ser realizado a miomectomia ( retirada somente dos miomas ), quando a paciente tem desejo de gestar, ou a histerectomia total ( retirada do útero e colo uterino ) ou subtotal ( retirada somente do útero, mantendo o colo uterino ).









sábado, 4 de maio de 2013

Câncer de Mama

Estudos epidemiológicos indicam que mulheres que nunca tiveram filhos apresentam cerca de quatro vezes mais risco de desenvolverem câncer de mama na menopausa quando comparadas com mulheres que já se tornaram mãe.

Artigo publicado pelo International Journal of Cancer relata que uma pesquisa foi feita com amostras de tecido mamário de mulheres saudáveis com idade entre 50 e 69 anos que estavam na menopausa ( pelo menos um ano sem menstruar ). Foram divididas em dois grupos: 42 mulheres que nunca tiveram filhos ( nulíparas ) e 71 mulheres que já tiveram um ou mais filhos e que ficaram grávidas pela primeira vez, em média, aos 23 anos.

Comparando os dois grupos, foi verificado diferença no padrão de expressão de 298 genes.

Nas mulheres que já tiveram filhos, houve uma modificação epigenética e que permaneceu até a menopausa. Essa alteração foi verificada com relação aos núcleos das células ( cromatina frouxa e cromatina condensada ). Nas mulheres que já tiveram filhos, as cromatinas apresentavam - se mais condensadas.

Um dos pesquisadores relata que a mama após a gravidez adquire uma assinatura genômica e um perfil fenotípico diferente. Acredita-se que essas mudanças fazem com que a mulher fique mais protegida contra o câncer.








sábado, 20 de abril de 2013

Vírus Respiratório Grave e Gravidez


Pesquisa realizada no Cleveland Clinic Children's Hospital ( EUA ) relata que o vírus sincicial respiratório ( RSV ) , causa mais comum de infecções do trato respiratório inferior em lactentes e crianças pequenas, pode ser transferido durante gravidez para o feto.
Vírus sincicial respiratório é considerado principal causa de pneumonia infantil e tem implicação no desenvolvimento da asma.





sábado, 6 de abril de 2013

Parto Cesáreo e Obesidade

Um estudo realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto comprova que o parto cesáreo é um fator de risco para que adultos jovens desenvolvam obesidade quando comparado ao parto normal. Uma das explicações para essa conclusão é que a cesariana modifica a microbiota intestinal, aumentando esse risco.

Alguns fatores já sabidamente conhecidos, como fatores ambientais, genéticos, fisiológicos e comportamentais são considerados risco para o desenvolvimento de obesidade.

O que o estudo identificou foi que o parto cesáreo também pode contribuir para a obesidade abdominal e subcutânea na idade adulta.

Além do tipo de parto, a pesquisa avaliou também outros fatores que seriam de risco para obesidade. Portanto, o estudo confirma que o aumento de gordura corporal é multifatorial, porém, acrescenta mais um fator para esse aumento, a cesariana.