sexta-feira, 22 de março de 2013

Depilação e DST

Estudo publicado na revista Sexually Transmited Infections, realizado entre janeiro de 2011 e março de 2012, sugere que alguns tipos de depilação feminina pubiana, levam à um maior risco de transmissão de doença sexualmente transmissível ( DST ).

O estudo avaliou as mulheres ( 30 casos ) que foram infectadas pelo vírus Molluscum contagiosum (molusco contagioso), e que tiveram seus pêlos pubianos removidos ( 93% ). Deste total, 70%  foram raspados com gilete, 13% cortados e 10% retirados com uso de cera.

Sinais de infecção (pápulas peroladas) haviam se espalhado até o abdome ( 4 mulheres ) e para as coxas ( 1 mulher ).
Em 10 casos observou - se outras alterações de pele associadas como: pêlos encravados, verrugas, foliculite (Infecção bacteriana da pele), cistos e cicatrizes.

As primeiras conclusões do estudo mostram que o molusco, que  já apresenta característica de se espalhar, aproveita os micro traumas causados pela remoção do pêlo, facilitando a infecção.

terça-feira, 19 de março de 2013

Colpocitologia Oncótica ( Papanicolau )



Colpocitologia oncótica ( Papanicolau )

O que é?

É um exame realizado para detectar alterações nas células do colo do útero.
Esfregaço cervicovaginal, Colpocitologia oncótica ou Papanicolau. Este último é uma homenagem ao patologista grego George Papanicolau, responsável pela criação do método no início do século.


George Papanicolau

George Papanicolau


A colpocitologia oncótica é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e realizar o diagnóstico da doença no início, antes que a mulher apresente sintomas. Realizado periodicamente permite que o diagnóstico seja feito cedo e reduza a mortalidade por câncer de colo de útero.

Como o exame é realizado?

Primeiramente a paciente fica em posição ginecológica, após introduz-se o espéculo vaginal                    ( conhecido popularmente como "bico de pato" ). Realiza-se a retirada de material da ectocérvice com a espátula de madeira ( espátula de Ayres ) e da endocérvice com a escovinha. As células colhidas são colocadas em uma lâmina e fixadas com um produto fixador. A lâmina é enviada à um laboratório especializado em citopatologia.
O exame é indolor, simples e rápido. Pode no máximo causar um pequeno desconforto que diminui se a paciente conseguir manter-se relaxada.



Espéculo vaginal ( "bico de pato") de plástico


Espéculo vaginal ("bico de pato") de metal

Espátula de Ayres e Escova endocervical





Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais ( mesmo com camisinha ) nos dois dias anteriores ao exame, evitar também o uso de duchas, medicamentos ou pomadas vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. A paciente nào deve estar menstruada,pois o sangue pode alterar o resultado do exame.
Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, com coleta única ( somente com a espátula de Ayres com a coleta ectocervical ) sem prejuízo para a saúde do bebê. 

Quem deve fazer o exame?
Toda mulher com vida sexual ativa ou que já teve relação sexual.

Quando fazer o exame preventivo?
Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente.
Após dois exames seguidos ( com intervalo de um ano ) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos.

Resultados:  Negativo para neoplasias; NIC I ; NIC II ; NIC III ; Infecção pelo HPV ; Amostra insatisfatória.

Se o exame acusou:

  • Negativo para câncer: se esse for o primeiro resultado negativo, deve-se realizar outro exame um ano após. Se a paciente já tem um resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo em três anos.
  • Alteração ( NIC I ): repetir o exame após seis meses.
  • Outras alterações ( NIC II E NIC III ): Primeiramente a paciente deverá realizar a colposcopia e vulvoscopia com biópsia se necessário e o médico deverá avaliar cada caso para melhor orintação e conduta.
  • Infecção pelo HPV: repetir o exame seis meses depois.
  • Amostra insatisfatória: significa que a quantidade de material não foi suficiente para avaliar corretamente o exame. A paciente deverá realizar o exame assim que possível, o mais rápido para que a mesma não fique sem avaliação.
Colo uterino normal






























segunda-feira, 11 de março de 2013

Sexagem Fetal

O que é Sexagem Fetal?

É a determinação do sexo do feto através da análise do sangue materno.

No sangue da mãe existe uma pequena quantidade de DNA fetal circulante, de origem predominantemente placentária ( células do feto atravessam a barreira placentária ).









A concentração de DNA fetal livre no plasma materno aumenta com a progressão da gestação.

Para definição do sexo fetal, primeiramente isola-se o DNA livre do plasma materno, para posteriormente pesquisar sequências específicas do cromossomo Y ( o cromossomo que determina o sexo masculino )

Sexo feminino =  46 XX
Sexo masculino = 46 XY

O teste pode ser realizado a partir da oitava semana de gestação ( 2 meses ).


O índice de acerto da sexagem fetal encontra-se por volta de 99%.

No caso de gestações anteriores, não há interferência, pois o DNA fetal circulante é rapidamente depurado da circulação materna após o parto.